Após dois anos de intensas negociações, os países membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) não conseguiram chegar a um acordo sobre um tratado global para prevenir e combater futuras pandemias.
A falta de consenso entre nações ricas e emergentes sobre questões como acesso a vacinas e compartilhamento de tecnologia médica resultou no adiamento da proposta para um novo ciclo de negociações.
Desigualdade no centro do debate:
Um dos principais pontos de discórdia foi o acesso equitativo a recursos médicos durante uma pandemia. Países em desenvolvimento defenderam a quebra de patentes de vacinas e a transferência de tecnologia para garantir acesso universal a ferramentas de combate à doença. Já nações ricas priorizaram a proteção da propriedade intelectual e a autonomia na produção de medicamentos.
Desinformação e extremismo minam o processo:
O debate sobre o tratado foi marcado por uma onda de desinformação e notícias falsas, principalmente disseminadas por grupos de extrema direita e negacionistas. As falsas alegações sobre perda de soberania nacional e controle da OMS sobre a saúde pública geraram medo e desconfiança, dificultando o diálogo construtivo entre as partes.
Um futuro incerto:
O fracasso das negociações deixa o mundo sem um plano global para enfrentar futuras pandemias. A OMS se comprometeu a continuar o diálogo e buscar um acordo em 2025, mas a falta de consenso e a polarização entre os países geram dúvidas sobre o sucesso dessa iniciativa.
Reflexões para o futuro:
O caso do tratado da pandemia evidencia a necessidade de um diálogo internacional mais transparente e democrático, capaz de superar diferenças ideológicas e encontrar soluções conjuntas para problemas globais. A desinformação e o extremismo representam desafios adicionais que precisam ser combatidos para garantir a tomada de decisões baseadas em fatos e evidências científicas.
Fonte: Ricos e emergentes racham, e mundo fica sem acordo sobre possível pandemia.
Acordo-Global-contra-Pandemias-Um-Mundo-Dividido-Negociações-fracassam-e-futuro-da-saúde-global-fica-em-aberto